quarta-feira, 24 de maio de 2017

Base de Temer barra votação na Câmara da PEC das diretas

No primeiro dia de funcionamento pleno do Congresso após o estouro da crise que ameaça do governo, a base de apoio a Michel Temer barrou nesta terça-feira (23) a votação, na Câmara dos Deputados, da proposta de emenda à Constituição que estabelece eleições diretas no caso da queda do peemedebista.
A PEC, de autoria do deputado Miro Teixeira (Rede-RJ), seria votada na Comissão de Constituição e Justiça, que é o primeiro passo da tramitação.
A ação dos governistas, que são maioria na Casa, é uma sinalização clara de que o Congresso inclina-se a manter a atual regra no caso de uma possível queda de Temer, a de eleição indireta do novo presidente pelo voto dos 594 deputados e senadores.
A primeira manobra dos partidos governistas foi não registrar presença na comissão. Com isso, a sessão começou com quase uma hora de atraso, às 15h26, quando a oposição e alguns dissidentes conseguiram reunir 34 deputados, que é o quorum exigido para abertura dos trabalhos.
Iniciada a sessão, os governistas apresentaram requerimentos protelatórios com o intuito de inviabilizar a votação nesta terça. O que acabou acontecendo, em meio a muito bate-boca entre deputados. Às 16h20 a sessão caiu porque o plenário da Casa, comandado por Rodrigo Maia (DEM-RJ), aliado de Temer, iniciou a fase de votações. A oposição acusou Maia e os governistas de promoverem um "golpe".
"Um governo que precisa recorrer à obstrução [de votações] é um governo que já acabou. O governo Temer já acabou", discursou o deputado Alessandro Molon (Rede-RJ). "O que vemos aqui é que os governistas, no seu desespero e desconforto, obstruem a democracia, enquanto o governante maior abre as portas para a roubalheira e a corrupção", afirmou Chico Alencar (PSOL-RJ), que chamou Maia de "ladrão".
Para o governista José Carlos Aleluia (DEM-BA) se se considerar válido o argumento de que o Congresso não tem legitimidade para eleger um eventual sucessor de Temer, não teria também para mudar a Constituição estabelecer "diretas-já".
A proposta pode voltar a ser analisada nas próximas sessões da comissão.
REGRAS
A PEC estabelece que, no caso da vacância do cargo de presidente, deve ser realizada eleição direta, a não ser que isso ocorra nos seis meses finais do mandato.
A atual regra constitucional determina que haja eleição indireta, pelo Congresso Nacional, se o cargo ficar vago nos dois anos finais do mandato. Essa é a atual situação. Falta pouco mais de um ano e sete meses para o término do mandato de Temer, que assumiu o cargo em 2016 após o impeachment de Dilma Rousseff, de quem era vice.
No caso da queda do peemedebista, assume interinamente o poder o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que teria 30 dias para convocar uma eleição indireta. Os 513 deputados e 81 senadores, em sessão conjunta, seriam os eleitores. A votação tende a ser secreta. Com informações da Folhapress.
No primeiro dia de funcionamento pleno do Congresso após o estouro da crise que ameaça do governo, a base de apoio a Michel Temer barrou nesta terça-feira (23) a votação, na Câmara dos Deputados, da proposta de emenda à Constituição que estabelece eleições diretas no caso da queda do peemedebista.

A PEC, de autoria do deputado Miro Teixeira (Rede-RJ), seria votada na Comissão de Constituição e Justiça, que é o primeiro passo da tramitação.
A ação dos governistas, que são maioria na Casa, é uma sinalização clara de que o Congresso inclina-se a manter a atual regra no caso de uma possível queda de Temer, a de eleição indireta do novo presidente pelo voto dos 594 deputados e senadores.
A primeira manobra dos partidos governistas foi não registrar presença na comissão. Com isso, a sessão começou com quase uma hora de atraso, às 15h26, quando a oposição e alguns dissidentes conseguiram reunir 34 deputados, que é o quorum exigido para abertura dos trabalhos.
Iniciada a sessão, os governistas apresentaram requerimentos protelatórios com o intuito de inviabilizar a votação nesta terça. O que acabou acontecendo, em meio a muito bate-boca entre deputados. Às 16h20 a sessão caiu porque o plenário da Casa, comandado por Rodrigo Maia (DEM-RJ), aliado de Temer, iniciou a fase de votações. A oposição acusou Maia e os governistas de promoverem um "golpe".
"Um governo que precisa recorrer à obstrução [de votações] é um governo que já acabou. O governo Temer já acabou", discursou o deputado Alessandro Molon (Rede-RJ). "O que vemos aqui é que os governistas, no seu desespero e desconforto, obstruem a democracia, enquanto o governante maior abre as portas para a roubalheira e a corrupção", afirmou Chico Alencar (PSOL-RJ), que chamou Maia de "ladrão".
Para o governista José Carlos Aleluia (DEM-BA) se se considerar válido o argumento de que o Congresso não tem legitimidade para eleger um eventual sucessor de Temer, não teria também para mudar a Constituição estabelecer "diretas-já".
A proposta pode voltar a ser analisada nas próximas sessões da comissão.
REGRAS
A PEC estabelece que, no caso da vacância do cargo de presidente, deve ser realizada eleição direta, a não ser que isso ocorra nos seis meses finais do mandato.
A atual regra constitucional determina que haja eleição indireta, pelo Congresso Nacional, se o cargo ficar vago nos dois anos finais do mandato. Essa é a atual situação. Falta pouco mais de um ano e sete meses para o término do mandato de Temer, que assumiu o cargo em 2016 após o impeachment de Dilma Rousseff, de quem era vice.
No caso da queda do peemedebista, assume interinamente o poder o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que teria 30 dias para convocar uma eleição indireta. Os 513 deputados e 81 senadores, em sessão conjunta, seriam os eleitores. A votação tende a ser secreta. Com informações da Folhapresss

Brasilia nesse Momento pegando fogo!!!



Nesse momento Brasilia está pegando fogo!! Protestantes indi guinado com esse governo ilegitimo tomado por medidas que não cabem mais à ele. Não é possível mais aguentar esses políticos corruptos, vamos barrar tudo isso no grito, não vamos aceitar nada que vem desses políticos falsos, não adianta a policia tentar barrar pois não aceitaremos essa imundice vamos todos para a rua defender os nossos direitos. Já é o suficiente para colocarmos todos esses corruptos para fora.. Esse tal de RODRIGO MAIA está engavetando todos os pedidos do impeachment desse presidente ilegitimo. Isso não é justo com o povo, não vamos aceitar isso de jeito nem um, vamos dá uma basta em tudo isso. Vamos fazer uma faxina em Brasilia e em todo o país não aguentamos mais tantos escândalos, isso já virou um circo dos horrores, Brasilia pertence ao povo não aos políticos!!!
Eles estão lá para trabalhar para o povo Brasileiros!! Portanto vamos exigir a prisão do Aécio Neves  e colocar Michel Temer para fora, tirar o Rodrigo Maia e tirar todos os poderes deles! Vamos gritar Direta já! Fora Temer.. Isso tem que ser por todo o Brasil, vamos deixar dessa que o Brasil está dividido somos uma nação, um povo só, isso foi invenção do Aécio Neves. Justiça igual para todos esses bandidos, sem regalias, direitos iguais para todos nós!!!  

sábado, 20 de maio de 2017




A Polícia Federal interceptou ligações telefônicas do presidente Michel Temer e do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), durante a Operação Patmos, com ordens judiciais do próprio Supremo. A informação consta em documentos liberados nesta sexta-feira (19) por ordem do ministro Edson Fachin.De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, Temer foi gravado conversando com seu ex-assessor, o deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) - parlamentar que foi flagrado recebendo R$ 500 mil.Na ligação, Temer fala com o deputado sobre novas regras para o setor dos portos. Outra conversa interceptada pela PF é entre o senador Aécio Neves (PSDB-MG) e o ministro Gilmar Mendes, do STF.No diálogo, ocorrido em 26 de abril, o senador pediu ao ministro [Mendes] para que telefonasse para o senador Flexa Ribeiro". A intenção era pedir ao magistrado que ele convencesse Ribeiro a seguir o voto da bancada no projeto sobre abuso de autoridade no Congresso.De acordo com os documentos, os aparelhos telefônicos de Aécio e de Loures estavam sob interceptação judicial. Portanto, os grampos não foram feitos nos telefones de Gilmar Mendes e de Michel Temer.



sexta-feira, 19 de maio de 2017

'Preocupado', Serra ligou a Aécio para tentar derrubar ministro



Uma semana após as delações da Odebrecht, José Serra (PSDB-SP) se dizia "preocupado" com as consequências das dezenas de depoimentos de ex-executivos.
Por volta das 17h do dia 20 de abril, uma quarta-feira, o senador ligou para seu colega de partido Aécio Neves (PSDB-MG), para desabafar e tentar buscar soluções. Ele queria derrubar o ministro da Justiça, Osmar Serraglio, para colocar outro, mais "forte", em seu lugar.
Aécio concordou. Sugeriu, porém, que a conversa fosse feita pessoalmente. Àquela altura, Serraglio estava no cargo há pouco mais de um mês -já sofria críticas por ser pouco atuante.
Serra insistiu no assunto e pediu ao colega para convencer o presidente Michel Temer a fazer a mudança. A conversa, que teve 3 minutos e 22 segundos, foi interceptada pela Polícia Federal, como parte das investigações que deram origem à Operação Patmos - deflagrada na última quinta (18).
Para o Ministério Público, Aécio Neves atuou com outros políticos, inclusive ao lado de Temer, para frear o avanço da Lava Jato. O tucano teve o mandato suspenso por determinação do STF (Supremo Tribunal Federal).
Ele não pode deixar o país, nem conversar com outros investigados e réus.A PGR (Procuradoria-Geral da República) chegou a pedir sua prisão, mas a solicitação foi negada pelo ministro Edson Fachin. De acordo com a delação da JBS, o mineiro recebeu cerca de R$ 60 milhões em propina.
Até uma conta de e-mail do senador teve o sigilo quebrado por ordem da Justiça. Aécio Neves pediu licença da presidência do PSDB para "provar sua inocência".
Confira o diálogo completo:
José Serra - Deixa eu te falar uma coisa, cara. Eu tô preocupado... olhando do ponto de vista macro, né... da política, eu acho que precisa ter um ministro da Justiça forte, viu Aécio.
Aécio Neves - Eu também acho, sempre achei.
José Serra - E... realmente forte. Não precisa ser da área, porque vai ficar da área... vai ficar aquele problema todo. Alguém como o Jungmann daria, entende? Bem assessorado, tal. O fato é que tem que por alguém com força. Não para fazer nada arbitrário, mas para que as coisas tenham um caminho, né? De desenvolvimento, tudo.
Aécio Neves - Vamos falar pessoalmente, tá bom.
José Serra - É. Mas se você tiver oportunidade, sem mencionar que eu te falei, porque eu tinha ficado de falar com ele. Podia mencionar isso para o presidente.
Aécio Neves- Tudo bem, mas não sei se consigo.
José Serra - Inclusive quem etc. Mas o fato é o seguinte, precisa ter ministro forte.
Aécio Neves - Concordo com você.
José Serra - O rapaz é um... o Osmar Serraglio foi um bom deputado, acho mesmo... pode ir para outro ministério, tal, mas as condições iniciais ele não teve
Aécio Neves - Falamos pessoalmente, mas concordo. Falamos pessoalmente, tá bom? Mas tá entendido.
José Serra - Você concorda com a ideia, né?
Aécio Neves - Concordo há muito tempo já.
José Serra - Tá bom.
Aécio Neves - Abração.
José Serra - Ok.
Aécio Neves - Melhoras aí.
Com informações da Folhapress.

Delator diz que PT 'comprou' PMDB e que Dilma e Temer tinham 'campanha única'

O diretor do frigorífico JBS Ricardo Saud afirmou à Procuradoria-Geral da República que o PT usou dinheiro de propina dada pela empresa para “comprar” o PMDB nas eleições de 2014 (veja no vídeo acima, a partir de 19mn50).
“Eles [PT] compraram o PMDB e faziam o que queriam com o PMDB. O PMDB pegava o dinheiro e gastava também do jeito que queria”, disse Saud, um dos executivos da JBS que fecharam acordo de delação premiada, já homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
A afirmação está em um vídeo de 23 minutos que faz parte do material divulgado à imprensa nesta sexta-feira (19) pelo STF e que baseia um dos inquéritos que apuram atos ilícitos de políticos.
Com base nessas delações de executivos da JBS, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Edson Fachin determinou a abertura de inquérito para investigar Temer, o senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG) e o deputado afastado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) por corrupção passiva, obstrução à Justiça e organização criminosa.
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirma que Temer e Aécio Neves agiram "em articulação" para impedir o avanço da Lava Jato.
Em nota, o PMDB informou que "as contribuições eleitorais recebidas" pelo partido "estão devidamente declaradas à justiça eleitoral e observaram todos os requisitos legais vigentes à época. Todas essas informações são públicas e podem ser verificadas no site do TSE."
O PT informou que não vai comentar as declarações do delator. O G1 também tenta ouvir o presidente Michel Temer mas, até a última atualização desta reportagem, ainda não havia recebido resposta.

Campanha única

Saud foi questionado por um dos procuradores se, ao distribuir a propina da JBS, “via” a campanha de Dilma e Temer em 2014 como um só ou separadas.
“Como duas campanhas?”, perguntou o delator. “Uma de vice e outra de presidente”, respondeu o procurador.
“Não, uma campanha só, era uma campanha única. O dinheiro saída do PT e ia para o PMDB, do PMDB pro PT”, afirmou Saud (veja no vídeo acima, a partir de 19mn50).
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) julga ação em que a chapa Dilma-Temer é acusada, pelo PSDB, de ter cometido abuso de poder político e econômico e de ter recebido dinheiro de propina do esquema de corrupção que atuava na Petrobras investigado pela Operação Lava Jato. Atualmente, o PSDB integra do governo Temer, no qual detém quatro ministérios.
A defesa de Temer alega que ele não pode ser responsabilizado por eventuais irregularidades na captação de recursos para a campanha de 2014. Os advogados reforçam que as condutas de Temer e Dilma devem ser separadas porque ele abriu uma conta diferente daquela usada pela petista para receber doações.
De acordo com o delator, a JBS disponibilizou uma conta com R$ 300 milhões em propina para serem usados pela campanha de Dilma e Temer em 2014. Esse dinheiro, de acordo com o ele, saiu do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e de “fundos”.

R$ 1 milhão no bolso

No mesmo depoimento, Saud afirmou aos investigadores que o presidente Michel Temer recebeu R$ 15 milhões do PT para financiar sua campanha à Vice-Presidência, em 2014, mas decidiu "guardar" R$ 1 milhão.
G1 questionou Temer sobre a afirmação do delator, via assessoria do Palácio do Planalto, mas, até a última atualização desta reportagem, ainda não havia recebido resposta.