quarta-feira, 30 de agosto de 2017

Bolsonaro junta-se a Magno Malta para atacar Lula em vídeo: 'Sem moral'


Resultado de imagem para FOTO DE BOLSONARO COM MAGNO

Depois da entrevista concedida pelo ex-presidente Lula, em que disse que o fortalecimento do nome de Jair Bolsonaro no cenário político nacional se deve ao "analfabetismo político" dos brasileiros, o deputado contra-atacou, nessa terça-feira (29)Em vídeo divulgado em seus perfil no Facebook, Bolsonaro pergunta ao também deputado Magno Malta o que ele achou da declaração do petista.
"Ele não tem moral para falar nada, principalmente de analfabetos. O brasil tem 18 milhões de analfabetos que o PT poderia ter erradicado e não o fez", criticou Malta.Depois, defendeu Bolsonaro, que tem crescido nas pesquisas de intenção de voto para as próximas eleições presidenciais. "Ele é fruto de uma sociedade revoltada, de políticos que roubam. De uma sociedade que está revoltada com o Porto de Mariér, com o metrô de Caracas, com o dinheiro roubado do BNDES, da Caixa, dos fundos de pensão, com filho de político que fica rico sem nunca ter trabalhado, como os filhos de Lula ficaram. O seu povo está todo preso, Lula", prosseguiu o deputado.
Os ataques ao ex-presidentes continuam sendo feitos por Magno Malta, enquanto Bolsonaro acompanha o depoimento ao lado dele. "Você vai preso. Você tem uma 'aposentadoriazinha' de R$ 9,5 milhões. É disso que o Bolsonaro é filho", completou.Bandeiras contrárias à legalização das drogas, do aborto e do programa Escola sem Partido também foram levantadas pelos políticos. "Lula, você só pode ter falado isso de má-fé ou embriagado. Não vou mandar você lavar essa sua boca com álcool porque de álcool você gosta", ironizou Malta.
"Eu estou com o Magno e o Magno está comigo", finalizou Bolsonaro.

Janot diz que fim da Lava Jato está próximo: 'Não pode ser permanente'


Janot diz que fim da Lava Jato está próximo: 'Não pode ser permanente'

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, já começa a falar no fim da Lava Jato, após três anos de investigações que trouxeram à tona esquemas criminosos envolvendo membros administrativos da Petrobras, políticos de quase todos os partidos do Brasil - incluindo os presidentes da República, da Câmara e do Senado -, governadores, além de empresários de grandes empresas brasileiras.
Na oportunidade, ela o questionou sobre o desfecho da operação. Na década de 1990, a Itália foi palco de uma operação parecida, denominada Mãos Limpas, cujo alvo também era o combate à corrupção.Entre condenações por lavagem de dinheiro, organização criminosa, obstrução da justiça e vantagem indevida, apenas para citar algumas, Janot ainda lembra de encontro que teve com a então vice-presidente da Câmara italiana, a deputada Marina Sereni, no ano passado.
"Ela me disse: 'Vai chegar um momento em que, ou o Ministério Público se programa para encerrar a investigação, ou mãos externas vão encerrá-la. Então, é melhor que o senhor faça um final programado para ela'", relembrou Janot.
Em sua participação no seminário "E agora, Brasil?", o procurador explicou que os “últimos episódios” - referindo-se às delações da JBS, que citaram o presidente da República -, permitem que se imagine o derradeiro capítulo da operação.
"Acho que a Lava-Jato não pode ser uma investigação permanente. Ela não existe por si mesma, tem um escopo. A sociedade e o Estado brasileiro não podem ficar reféns de uma investigação eterna. Acredito que, com os últimos episódios, a gente vislumbre o final. Temos uma linha traçada de até onde a investigação pode ir e até onde se espera que ela vá", afirmou Janot.
De acordo com informações de O Globo, o procurador-geral, que encerra o seu segundo mandato à frente da PGR no próximo dia 17, também fez uma analogia ao citar as descobertas mais recentes. "Antes desses últimos episódios, nós achávamos que já tínhamos chegado ao final do poço, mas entendemos o seguinte: abriu o final do poço, tinha um alçapão; abriu o alçapão, tinha outro poço. Mas, agora, acho que é visível a linha de chegada. Já se sabe até onde vai chegar essa investigação", destacou.
Janot ainda falou sobre Raquel Dodge, que não tinha a sua preferência mas foi escolhida por Temer para assumir o comando do Ministério Público Federal. Ele não afasta a hipótese de uma PGR menos atuante nos casos de corrupção.
"(Mudança) de método, pode ser que sim, porque cada um tem seu método de trabalho. Agora, como meta de trabalho, acho que não muda. Todos nós somos formados na escola de Ministério Público, todos temos a mesma formação".

Fachin nega pedido de suspeição de Janot para atuar contra Temer


Fachin nega pedido de suspeição de Janot para atuar contra Temer

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin rejeitou hoje (30) o pedido de suspeição do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, feito pela defesa do presidente Michel Temer, para atuar em investigação relacionada ao presidente que está em tramitação na Corte. Na decisão, Fachin entendeu que não houve indícios de parcialidade de Janot durante as investigações contra o presidente.
Na ação, a defesa de Temer também cita uma palestra na qual Janot disse que "enquanto houver bambu, lá vai flecha", uma referência, segundo o advogado, ao processo de investigação contra o presidente.No início do mês, o advogado Antonio Mariz, representante de Temer, acusou Rodrigo Janot de parcialidade nas investigações. “Se ao contrário, assumir de pronto que o suspeito é culpado, sem uma convicção da sua responsabilidade, vai atuar no curso das investigações e do processo com o objetivo de obter elementos que confirmem o seu posicionamento prematuro”, disse Mariz.
“Parece pouco interessar ao procurador se o alvo a ser atingido, além da pessoa física de Michel Temer, é a instituição Presidência da República; as instituições republicanas; a sociedade brasileira ou a nação”. Com informações da Agência Brasil.

Sob risco de ser engavetada, reforma política tem votação adiada


Sob risco de ser engavetada, reforma política tem votação adiada

Seguindo o padrão das últimas semanas, os deputados federais não conseguiram chegar nesta quarta-feira (30) a um entendimento mínimo e adiaram mais uma vez a votação da reforma política em plenário.
Como na semana que vem os trabalhos no Congresso serão encurtados pelo feriado de Sete de Setembro (que cai na quinta-feira), uma possível votação pode ocorrer somente por volta do dia 14 de setembro.
Para valer nas eleições de 2018, eventuais mudanças têm que ser chanceladas pela Câmara e pelo Senado até o início de outubro.Quando há nível alto de entendimento, é comum haver tramitações a jato. Mas esse não é o caso da atual reforma, que corre o risco de ser engavetada definitivamente nas próximas semanas.
Quatro pontos principais são discutidos: um novo modelo de financiamento das campanhas, o formato de eleição para o Legislativo, o fim das coligações entre partidos e regras para tentar barrar a proliferação das legendas.
Mas não há entendimento sobre nenhum deles, já que nos debates internos prevalece, sobretudo, o objetivo de sobrevivência política de congressistas e partidos. E o que é vantajoso para determinado grupo acaba sendo prejudicial para outro.
A chamada cláusula de desempenho (ou de barreira) é um exemplo. Ela estabelece desempenho mínimo nas urnas para que uma sigla tenha acesso a dinheiro público e propaganda na TV, mecanismos essenciais à sua existência. É de interesse das grandes legendas, que ficariam com uma fatia maior dos recursos públicos e da propaganda distribuídos aos partidos. Mas sofre ferrenha oposição das siglas médias, pequenas e nanicas. Juntas elas têm boas chances de barrar qualquer mudança, já que para isso é preciso o voto de pelo menos 60% dos parlamentares (quorum de emendas à Constituição).
O fim da coligação entre partidos também é motivo de discórdia. Algumas legendas querem que isso ocorra só de 2020 em diante.
A criação de um novo fundo público de campanha e da mudança do modelo de eleição para o Legislativo -do "proporcional" para o "distritão" ou o "semidistritão"- representam outros nós.
A repercussão negativa da possibilidade de mais gasto público para financiar candidatos dificilmente possibilitará a aprovação desse novo fundo. Com isso, a tendência dos políticos é inflar o atual fundo partidário, que destina às legendas quase R$ 1 bilhão ao ano. Com informações da Folhapress. 

Lula pede a Moro desbloqueio de sua aposentadoria


Lula pede a Moro desbloqueio de sua aposentadoria

A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu nesta quarta-feira (30) ao juiz federal Sergio Moro, responsável pela Operação Lava Jato, que desbloqueie os valores tanto de sua aposentadoria como de sua falecida esposa, Marisa Letícia.
Além disso, os advogados pediram a liberação de parte dos valores congelados em suas contas bancárias, pouco mais de R$ 600 mil, e de sua previdência privada, outros R$ 9 milhões.
Segundo a defesa, esses valores se referem a uma "herança" de Marisa por conta do "regime marital de comunhão universal de bens".
Lula foi condenado em julho deste ano a nove anos e meio de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro pelo chamado "caso tríplex". Por conta disso, Moro ordenou o bloqueio de cerca de R$ 13,7 milhões como indenização para a Petrobras. Com informações da ANSA.

terça-feira, 29 de agosto de 2017

Barata Filho enviou flores a Gilmar, diz força-tarefa da Lava Jato


Barata Filho enviou flores a Gilmar, diz força-tarefa da Lava Jato

A força-tarefa da Lava Jato no Rio de Janeiro e procuradores regionais da República da 2ª Região que atuam no caso em segunda instância encaminharam ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ofício que traz novas evidências da proximidade de relação entre o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes e o empresário Jacob Barata Filho.Na análise de e-mails de Barata Filho, autorizada pela 7ª Vara Federal do Rio de Janeiro no curso da operação Ponto Final, foi localizada mensagem com a confirmação de pedido de entrega de flores ao casal Guiomar e Gilmar no mesmo endereço que consta no aparelho celular do empresário como sendo de Guiomar Mendes, esposa do ministro. O pedido de envio das flores foi realizado em 23 de novembro de 2015.A pedido dos procuradores, em 21 de agosto o procurador-geral suscitou à presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, duas arguições de impedimento, suspeição e incompatibilidade do ministro Gilmar Mendes em habeas corpus impetrados pelos empresários Jacob Barata Filho e Lélis Marcos Teixeira.

Dilma lembra impeachment: 'Um ano de golpe e destruição de direitos'


Dilma lembra impeachment: 'Um ano de golpe e destruição de direitos'

A ex-presidente Dilma Rousseff usou suas redes sociais para lembrar do seu pronunciamento, no dia 29 de agosto de 2016, no Senado Federal, durante o processo de impeachment."Um ano de golpe, de destruição de direitos e de atentados à soberania nacional. Mas sempre na luta!", escreveu a petista, ao compartilhar um texto intitulado "Agosto de 2016, Dilma avisa do desastre".
Além de denunciar o que chama de "golpe contra a democracia e a Constituição", o material destaca que Dilma advertiu, há um ano, que o que estava em jogo “era o futuro do País, a oportunidade e a esperança de avançar sempre mais”.
O plenário do Senado aprovou a saída da então presidente, por 61 votos favoráveis e 20 contrários, no dia 31 de agosto do ano passado.
Ela foi afastada sob a acusação de ter cometido crimes de responsabilidade fiscal – as chamadas "pedaladas fiscais" no Plano Safra e os decretos que geraram gastos sem autorização do Congresso Nacional, mas não foi punida com a inabilitação para funções públicas. Com isso, ela poderá se candidatar para cargos eletivos e também exercer outras funções na administração pública.

Moro nega pedido de defesa para transferir processo contra Lula a SP


Moro nega pedido de defesa para transferir processo contra Lula a SP

O ex-presidente Lula será ouvido pelo juiz Sérgio Moro, responsável pela Lava Jato em primeira instância, no próximo dia 13, em Curitiba (PR), no processo que envolve a compra de um terreno para a construção da nova sede do Instituto Lula e de um imóvel vizinho à casa do petista, em São Bernardo do Campo (SP).O ex-ministro Antônio Palocci e seu ex-assessor Branislav Kontic também são réus na mesma ação penal. Os três foram denunciados pelo Ministério Público Federal (MPF) por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Os interrogatórios começam a partir de 4 de setembro.Os advogados do trio tentaram transferir o processo de Curitiba para São Paulo, alegando que os supostos crimes não têm relação com a Petrobras e, consequentemente, não estariam no âmbito da Lava Jato. No entanto, nessa segunda-feira (28), Sérgio Moro negou o pedido.
"A competência é da Justiça Federal, pela existência de crimes federais, com, segundo a tese da Acusação, pagamento de vantagem indevida ao então Presidente da República, e especificamente deste Juízo pela prevenção e pela conexão e continência entre os processos que têm por objeto o esquema criminoso que vitimou a Petrobrás investigado no âmbito da assim denominada Operação Lava Jato", explicou o juiz

'Tem gente que quer parar o Brasil', diz Temer antes de viajar à China


'Tem gente que quer parar o Brasil', diz Temer antes de viajar à China

O presidente Michel Temer divulgou vídeo, em suas redes sociais, antes de embarcar para a China, nesta terça-feira (29), onde faz visita de Estado e também participa de encontro do Brics, grupo formado pelo Brasil, Rússia, Índia, África do Sul e a própria China.No material, ele diz que "tem gente que quer parar o Brasil", mas não cita nomes. “Sabemos que tem gente que quer parar o Brasil, e esse desejo não tem limites. Quer colocar obstáculos ao nosso trabalho, semear a desordem nas instituições, mas tenho a força necessária para resistir”, disse.O presidente declarou que, se os brasileiros “estão desconfiados da política é porque já sofreram muito e amargaram grandes decepções”. “Não vamos deixar que a agenda negativa venha abater o nosso ânimo”, completou.
Temer só retorna ao Brasil na quarta-feira da próxima semana. Irá se ausentar em momento delicado para o país, quando o Congresso tenta aprovar a reforma política, na Câmara e no Senado, e em meio aos rumores da apresentação de uma segunda denúncia contra ele, pela Procuradoria-Geral da República (PGR), desta vez por obstrução de justiça ou formação de organização criminosa.
No último mês de junho, Janot acusou Temer de corrupção passiva, com base nas delações da JBS. Após meses de articulações, o governo conseguiu barrar a denúncia, durante votação no plenário da Câmara dos Deputados, no dia 2 de agosto. A maioria dos deputados decidiu que a acusação será analisada pelo Judiciário ao final do mandato de Temer, que se encerra em dezembro de 2018.

Sem Doria, Alckmin convida tucanos para debater programa de governo

Sem Doria, Alckmin convida tucanos para debater programa de governo
Em jantar na segunda (28), o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), convidou prefeitos do ABC Paulista para integrar núcleos de discussão que formarão seu programa de governo para a disputa presidencial. Os grupos ainda estão em formação.
Segundo a Folha de S.Paulo apurou, questionado pelos prefeitos sobre Doria, Alckmin disse que "não é um problema".O prefeito de São Paulo, João Doria, que se movimenta como presidenciável, não foi convidado.
O governador paulista se mostrou entusiasmado com a eleição, afirmou que a grande dificuldade será reverter a ojeriza da população pela política e disse que espera uma leve melhora na arrecadação no fim do ano.
O anfitrião Orlando Morando (PSDB), prefeito de São Bernardo do Campo (SP), considerou Alckmin "animadíssimo".
Mais cedo, ainda na segunda (28), o tucano esteve com o governador Marconi Perillo, de Goiás, cotado para assumir a presidência do PSDB em dezembro, e voltou a defender prévias para a escolha do presidenciável tucano. Com informações da Folhapress.

Abaixo-assinado online em defesa da Amazônia tem 640 mil assinaturas


Abaixo-assinado online em defesa da Amazônia tem 640 mil assinaturas

Disponibilizado no site Avaaz, o abaixo-assinado que pede proteção à Amazônia já conseguiu 640 mil assinaturas. A petição é dirigida à Comissão Especial da Câmara, ao Congresso Nacional e ao presidente Michel Temer e exige o abandono da PL 8.107/17, que extinguiu a Reserva Nacional do Cobre e Associados (Renca) e abriu a área para exploração privada de minérios.

"Exigimos também que ouçam o apelo do povo brasileiro e parem, de uma vez por todas, de passar leis, decretos e qualquer outra medida legislativa irresponsável para agradar interesses da bancada ruralista e outros poderosos", afirma o texto do abaixo-assinado. "Aprovaram o desmate de uma área equivalente ao tamanho da Dinamarca: não podemos deixar mais essa passar", finaliza.

Joesley Batista 'visita' procurador acompanhado de advogado de Cunha


Joesley Batista 'visita' procurador acompanhado de advogado de Cunha

O empresário Joesley Batista, um dos donos da JBS, foi a uma reunião na sede da Procuradoria do Distrito Federal na tarde desta terça-feira (29). A audiência, que durou pouco mais de duas horas, foi com Anselmo Lopes, procurador responsável pelo acordo de leniência da J&F.

Em rápido contato com a reportagem na saída do prédio, o empresário disse que estava "fazendo uma visita" ao procurador, que não via desde o processo de delação premiada.
Joesley estava acompanhado de Ticiano Figueiredo, advogado do ex-deputado Eduardo Cunha, delatado pela JBS e preso desde outubro do ano passado pela Lava Jato.
Os dois, Joesley e o advogado, entraram juntos no mesmo carro e foram embora do local.
Procurado, Ticiano Figueiredo afirmou que advoga para o empresário "há bastante tempo" e que não é só advogado de Cunha.
"Advogo para Joesley há anos, bem antes da delação, e, obviamente, em causas que não guardam relação com as de Eduardo Cunha. Da mesma forma que não advogamos em causas do Eduardo [Cunha] que guardam relação com a JBS", disse o advogado, que tem outros clientes empresários e políticos.
Ele, porém, não quis comentar o motivo da reunião com o procurador.
A assessoria de imprensa do Ministério Público disse não ter informações a respeito da audiência.
CUNHA
Alvo de ao menos 30 investigações, o ex-presidente da Câmara conta com outros advogados para as suas defesas.Cunha já foi condenado pelo juiz Sergio Moro e é também réu em quatro processos.
Nesta segunda (28), Rodrigo Rios, um dos advogados do ex-deputado, abandonou a defesa, no dia seguinte em que foi divulgada uma nota feita por Cunha na cadeia em que ele acusa o ministro Edson Fachin, do STF, de obstruir pedidos de liberdade e beneficiar os delatores da JBS.
Em maio, Marlus Arns, também de Curitiba, deixou o cliente um dia após a divulgação de que Joesley Batista, dono da JBS, estaria pagando uma mesada para o ex-presidente da Câmara para que ele não fizesse acordo de delação premiada.Cunha é defendido por outros dois escritórios de advocacia de Brasília. O advogado Ticiano Figueiredo defende o ex-deputado nas ações que ele responde na Lava Jato, e Delio Lins e Silva foi o responsável pela negociação fracassada do acordo de delação premiada de Cunha com a Procuradoria-Geral da República. Com informações da Folhapress. 

segunda-feira, 28 de agosto de 2017

Doria despista sobre candidatura em 2018: 'Prioridade é São Paulo'


Doria despista sobre candidatura em 2018: 'Prioridade é São Paulo'
Durante evento em São Paulo no qual oficializou a intenção de conceder o Bilhete Único à iniciativa privada, o prefeito da cidade, João Doria, que estava acompanhado de seu "padrinho" político, o governador Geraldo Alckmin, despistou quando perguntado sobre a possibilidade de concorrer à Presidência da República em 2018.
"Não se trata de descartar e nem encartar (a candidatura). Trata-se de priorizar e a prioridade é a prefeitura de São Paulo", afirmou, segundo o jornal O Globo.

Alckmin, por sua vez, adotou discurso "padrão" para falar sobre o ano eleitoral e o futuro próximo. "Acho que o que vai valer ano que vem é um grande projeto para o Brasil de retomada do crescimento, emprego, renda, reformas que dêem competitividade, reformar estruturantes. O país tem tudo para se recuperar mas não vai fazê-lo por voluntarismo mas com medidas de trabalho de ajuste de inovação."

Doria despista na candidatura em 2018: 'Prioridade é São Paulo'


Doria despista sobre candidatura em 2018: 'Prioridade é São Paulo' 
Durante evento em São Paulo no qual oficializou a intenção de conceder o Bilhete Único à iniciativa privada, o prefeito da cidade, João Doria, que estava acompanhado de seu "padrinho" político, o governador Geraldo Alckmin, despistou quando perguntado sobre a possibilidade de concorrer à Presidência da República em 2018.
"Não se trata de descartar e nem encartar (a candidatura). Trata-se de priorizar e a prioridade é a prefeitura de São Paulo", afirmou, segundo o jornal O Globo.
Alckmin, por sua vez, adotou discurso "padrão" para falar sobre o ano eleitoral e o futuro próximo. "Acho que o que vai valer ano que vem é um grande projeto para o Brasil de retomada do crescimento, emprego, renda, reformas que dêem competitividade, reformar estruturantes. O país tem tudo para se recuperar mas não vai fazê-lo por voluntarismo mas com medidas de trabalho de ajuste de inovação."

Ação penal é fruto de perseguição política, diz Gleisi ao depor no STF


Ação penal é fruto de perseguição política, diz Gleisi ao depor no STF
senadora Gleisi Hoffmann (PR), que é também presidente do PT, disse hoje (28) que a ação penal contra ela na Lava Jato não passa de perseguição política, não havendo provas de que recebeu recursos ilícitos. Ela deu as declarações  na saída de seu primeiro depoimento na condição de ré, no Supremo Tribunal Federal (STF).
"Eu sou vítima de perseguição política em razão da origem desse processo, com Alberto Yousseff e seu advogado", disse Gleisi, referindo-se ao doleiro que foi o primeiro delator da Lava Jato e seu defensor, Antonio Figueiredo Basto, a quem acusa de ser ligado ao atual governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), adversário político da senadora.

Para Gleisi, que nesta segunda-feira foi a primeira parlamentar a ser ouvida na Lava Jato por um dos juízes auxiliares do ministro Edson Fachin, a denúncia apresentada contra ela pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, é fruto de pressões da opinião pública.
"Eu estou achando que tem um alto grau de politização desse processo e, quando eu fui denunciada, meu processo foi um dos primeiros, tinha um alto grau de politização e muita influência no Judiciário, incluindo o Ministerio Público, pela opinião pública. É um erro, então muitas questões não foram consideradas ali", disse Gleisi.   "Eu sou uma pessoa pública, tenho de responder pelos meus atos, não tenho problema nenhum em relação a isso, agora, tenho de ser julgada dentro do devido processo legal e não pelo calor da opinião publica", disse.
Na ação penal, Gleisi e seu marido, o ex-ministro do Planejamento e das Comunicações Paulo Bernardo, são acusados de terem recebido R$ 1 milhão em recursos desviados da Petrobras por Paulo Roberto Costa, ex-diretor da estatal. Em contrapartida, os políticos teriam atuado para manter o executivo no cargo.
"Não tive contato com Paulo Roberto Costa, nunca tive ascendência na Petrobras, nunca pedi para ele ficar no cargo e nunca facilitei ou dei condições para se facilitar", afirmou Gleisi aos jornalistas que a abordaram do lado de fora da sala de audiências. "Não há provas", afirmou.
Paulo Bernardo também presta depoimento nesta segunda-feira. Após o depoimento dos acusados, a ação penal entra em sua fase de alegações finais. A expectativa é de que o caso seja julgado pela Segunda Turma do STF ainda neste ano, tornando-se o primeiro processo da Lava Jato a ter um desfecho na Corte. Com informações da Agência Brasil.


Lula sobre Bolsonaro: 'É resultado do analfabetismo político do país'


Lula sobre Bolsonaro: 'É resultado do analfabetismo político do país'
Em uma das entrevistas durante sua passagem pela região, na caravana que percorrerá 28 cidades, em 20 dias, o ex-presidente Lula falou sobre o crescimento do deputado Jair Bolsonaro nas pesquisas de intenção de voto para as próximas eleições.
"Eu acho que tem muito a ver, primeiro, com a negação da política, ou seja, toda vez que você começa a trabalhar contra a política, o que vem depois da política é pior do que o que havia antes. Quando você começa, de forma sistemática, a dizer 'nada presta, tudo está errado', aí o resultado é isso. É alguém que se diz um político diferente, ou alguém que não se diz político, querer ocupar esse espaço".

Embora a pergunta tenha sido feita citando Bolsonaro, Lula destacou que não iria responder a pergunta mencionando o nome de nenhum político. "Eu aprendi que em política a gente não cita o nome dos adversários", disse.
Depois, completou dizendo que "essa figura, no fundo, é resultado do analfabetismo político no Brasil". "Você passa a compreender que fora da política você vai encontrar um cara que é diferente, que pode resolver, ou um político grotesco como essa figura, agressivo, que ofende as mulheres, que ofende negro. É um cidadão que não tem um mínimo de respeito com as pessoas", atacou.
Lula ainda defendeu que os eleitores rejeitem esse tipo de postura. "O brasil tem de negar isso", concluiu.
O vídeo com esse trecho da entrevista foi postado pelo próprio Bolsonaro, em seu perfil nas redes sociais, nesta segunda-feira (28).

Segunda denúncia contra Temer deve ser apresentada ainda esta semana


Segunda denúncia contra Temer deve ser apresentada ainda esta semana
segunda denúncia contra o presidente Michel Temer deve ser apresentada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ainda esta semana, desta vez pelos crimes de obstrução de justiça ou formação de organização criminosa. A informação é da colunista Míriam Leitão, de O Globo, segundo fontes de Brasília.
Temer, prevendo o pior, aproveitou o fim de semana para se reunir com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, no Palácio do Jaburu. O objetivo era traçar um panorama sobre o cenário que encontraria, entre a base governista, caso Janot decidisse agir.

Segundo o colunista Lauro Jardim, de O Globo, alguns ministros disseram, no entanto, que a realidade "pintada" por Maia não foi das mais animadoras.
Segundo o presidente da Câmara, muitos dos aliados estão insatisfeitos com as promessas feitas por Temer, para se livrar da primeira denúncia, e que ainda não foram cumpridas.
Temer viaja nesta terça-feira (29) para a China, de onde só retorna na quarta-feira da próxima semana.
Na última quinta-feira (24), a imprensa já havia divulgado que, antes de encerrar o mandato à frente da Procuradoria-Geral da República (PGR), Rodrigo Janot apresentaria uma segunda contra o presidente Michel Temer. A equipe do procurador-geral, que será substituído por Raquel Dodge no dia 18 de setembro, já estaria trabalhando, inclusive, no texto básico da acusação, de acordo com informações de O Globo.
Temer já foi alvo de uma denúncia anteriormente, por corrupção passiva, mas conseguiu rejeitá-la no plenário da Câmara, durante votação ocorrida no último dia 2 de agosto.
O material contra o presidente se baseia nas delações de executivos da JBS. Joesley Batista, um dos sócios da empresa, chegou a entregar aos investigadores da Lava Jato um áudio contendo conversa entre ele e Temer, durante encontro fora da agenda presidencial, no Palácio do Jaburu.
Na ocasião, o empresário conta que "comprou" um procurador para atrapalhar as investigações da força-tarefa, e que está pagando uma mesada ao ex-deputado Eduardo Cunha, a fim de mantê-lo em silêncio na prisão. Além disso, comenta com o presidente que está precisando de um novo interlocutor no governo, ao que Temer indica o nome do seu então assessor Rocha Loures. Diz que Joesley pode tratar de tudo com ele.
Depois do acerto, Loures foi flagrado pela Polícia Federal (PF), em uma ação orquestrada junto ao Ministério Público Federal (MPF), recebendo uma mala com R$ 500 mil de Ricardo Saud, diretor da JBS.
Segundo a investigação, o dinheiro seria parte de propina que, ao longo de 20 anos, rendeu cerca de R$ 400 milhões a políticos do país, inclusive ao presidente Michel Temer, para quem, supostamente, seria destinada a quantia de meio milhão entregue a Loures.
Apesar de, após a rejeição da denúncia na Câmara, os aliados de Temer acreditarem que Rodrigo Janot perderia força, esta semana Lucio Funaro, apontado como operador financeiro do PMDB e ligado a Eduardo Cunha, assinou acordo de delação premiada.
Após três meses de negociações, o acerto foi concluído e, segundo fontes ligadas à investigação, é possível que o procurador-geral se baseie nos depoimentos e documentos apresentados por ele para denunciar Michel Temer, mais uma vez.
Nas tratativas iniciais, ele prometeu falar sobre um expressivo número de políticos, entre eles o presidente e bancada parlamentar ligada a Cunha.
Ainda quando da conversa entre Joesley e Temer, no Jaburu, o empresário também afirmou que fazia pagamentos a Funaro. Depois, a PF também flagrou Saud entregando outra mala com R$ 500 mil, desta vez à irmã de Funaro, Roberta, que acabou presa. O operador financeiro disse que o dinheiro era para quitar uma dívida, mas Joesley contestou a informação e afirmou que o objetivo do pagamento era evitar a delação de Funaro, que está preso desde 2016.

STF autoriza abertura de inquérito contra senador José Serra


STF autoriza abertura de inquérito contra senador José Serra

O senador José Serra (PSDB-SP) será investigado pela Polícia Federal pela suposta adoção de caixa dois na campanha presidencial de 2010, quando foi derrotado pela petista Dilma Rousseff. A autorização para a abertura do inquérito foi assinada em junho pela ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), mas, segundo o G1, o andamento processual só entrou teve início nesta segunda-feira (28).
O pedido de investigação contra Serra partiu do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, após as delações de executivos da JBS. Segundo eles, o senador teria pedido R$ 20 milhões como doação.
Deste total, R$ 13 milhões teriam sido oficialmente declarados, enquanto o restante repassado pela emissão de notas fiscais para serviços não prestados - uma delas, no valor de R$ 6 milhões, para simular a aquisição de um espaço vip no Grande Prêmio Brasil de Formula 1, em Interlagos.

Janot denuncia Jucá ao STF com base na delação da Odebrecht


Janot denuncia Jucá ao STF com base na delação da Odebrecht
procurador-geral da República, Rodrigo Janot, encaminhou ao Supremo Tribunal Federal (STF) na tarde desta segunda-feira, 28, uma denúncia contra o senador Romero Jucá (PMDB-RR), com base na delação da Odebrecht. O ex-diretor de relações institucionais da empreiteira Cláudio Melo Filho associou uma doação de R$ 150 mil destinada à campanha eleitoral do filho do senador ao trabalho de Jucá em benefício da empresa durante a tramitação das medidas provisórias 651/2014 e 656/2014.
Jucá foi denunciado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Já o delator da Odebrecht foi denunciado por corrupção ativa. O caso precisa ser submetido pelo relator da Lava Jato na Corte, ministro Edson Fachin, à análise da 2ª Turma para que os ministros decidam se Jucá vai responder a uma ação penal.

"Não há dúvidas de que o sistema eleitoral foi utilizado para o pagamento disfarçado de vantagem indevida a partir de ajuste entre Romero Jucá e o executivo do Grupo Odebrecht Cláudio Melo Filho", disse Rodrigo Janot sobre a atuação de Jucá.
Esta é a terceira denúncia encaminhada pela PGR contra Jucá em uma semana. No início da semana passada, o senador foi denunciado em investigação sobre a Operação Zelotes. Na sexta-feira, 25, o peemedebista foi denunciado na Lava Jato ao lado do ex-presidente José Sarney (PMDB), do ex-presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB-AL) e dos senadores Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN) e Valdir Raupp (PMDB-RO), por corrupção passiva e lavagem de dinheiro envolvendo desvios na Transpetro.
No inquérito que gerou a denúncia, Janot apontou que o delator da Odebrecht "afirma que no bojo das discussões em torno das emendas que seriam propostas em benefício da Odebrecht, o senador solicitou que o grupo contribuísse para campanha do seu filho, Rodrigo de Holanda Menezes Jucá, ao governo do Estado de Roraima, na qualidade de vice-governador".
O delator disse ter sido procurado por Jucá com a informação de que ele poderia se tornar o relator da MP 651, de 2014, na Comissão Mista de análise do tema. Segundo o executivo, considerando o relacionamento que era mantido entre ambos, Jucá apresentou 4 emendas de interesse da empresa e atuou junto ao Executivo para garantir a aprovação do texto.
Melo Filho diz ainda ter recebido solicitação de Jucá para ajudar na campanha eleitoral do filho do senador, então candidato a vice-governador em Roraima. A Odebrecht doou ao diretório do PMDB no Estado o valor de R$ 150 mil.
Chamado pela Polícia Federal para prestar esclarecimentos sobre o tema, o delator afirmou que a Odebrecht não tinha interesse na atuação de Rodrigo Jucá em Roraima e que a doação foi feita "justamente pela condição de Rodrigo Jucá ser filho do Senador".
Em depoimento à PF durante as investigações, Rodrigo Jucá disse que seu pai participava da captação de recursos para sua campanha a vice-governador. Segundo ele, seu pai não falava sobre a origem ou motivação das doações captadas para sua campanha e ficou sabendo da doação de empresas como a Odebrecht em decorrência das investigações.
Já Jucá afirmou à PF que não defendeu interesses de nenhum grupo empresarial pois sua atuação é "de cunho nacional" e que recebeu "diversos representantes de variados setores da economia" com sugestões de emenda na época da MP 651. Ele afirmou ainda que conversou com "diversos setores empresariais" na busca por "meios legais" para que o partido disputasse as eleições e, entre estas pessoas, estava Cláudio Melo.

Presidente do STF quer posição de Gilmar sobre pedido de suspeição


Presidente do STF quer posição de Gilmar sobre pedido de suspeiçãoministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes terá de se manifestar sobre o pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, para que ele seja afastado do caso envolvendo o empresário Jacob Barata Filho, conhecido no Rio de Janeiro como "o rei do ônibus".
A solicitação a Gilmar foi feita nesta segunda-feira (28) pela presidente do STF, ministra Cármen Lúcia.

Não há, entretanto, um prazo para que o ministro responda à requisição - e, quando assim o fizer, a presidente do Supremo ainda terá de marcar uma sessão no plenário para que os demais ministros decidam se Gilmar permanece no caso ou não.
Na avaliação de Rodrigo Janot, Gilmar Mendes não tem isenção suficiente para tratar do caso principalmente por dois motivos: ele foi padrinho de casamento da filha de Barata e tem a esposa trabalhando em escritório de advocacia que representa empresas ligadas ao empresário.

Advogado abandona defesa de Eduardo Cunha

Advogado abandona defesa de Eduardo Cunha
O advogado Rodrigo Rios abandonou a defesa do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha nesta segunda (28). A saída de Rios acontece no dia em que foi divulgada uma nota feita por Cunha na cadeia em que ele acusa o ministro Edson Fachin, do STF (Supremo Tribunal Federal), de obstruir pedidos de liberdade e beneficiar os delatores da JBS.
Rios mora em Curitiba e era o advogado que mais visitava Cunha na cadeia. Ele tem boa relação com o ministro Fachin, que também fez carreira jurídica no Paraná.
Cunha é defendido por outros dois escritórios de advocacia de Brasília. O advogado Ticiano Figueiredo defende o ex-deputado nas ações que ele responde na Lava Jato e Delio Lins e Silva foi o responsável pela negociação fracassada do acordo de delação premiada de Cunha com a Procuradoria-Geral da República.
Segundo Rios, sua saída foi por motivos práticos. "Entendo que a defesa deva se concentrar em Brasília por conta do eminente esgotamento das instâncias ordinárias da 4ª região", disse Rios.
A nota escrita por Cunha no complexo penal em que está preso, relata que Joesley Batista e Ricardo Saud, da JBS, pediram ajuda para aprovar o nome de Fachin para o STF, em 2015, e que disseram manter "relação de amizade" com o então candidato.
"Quando Joesley Batista e Ricardo Saud me procuraram para ajudar na aprovação [de] Fachin, além da relação de amizade que declararam ter com ele, me passaram a convicção de que o país iria ganhar com a atuação de um ministro que daria a assistência jurisdicional de que a sociedade necessitava." 

sexta-feira, 25 de agosto de 2017

Delação: dinheiro de propina para PSDB era escondido em parede falsa

Delação: dinheiro de propina para PSDB era escondido em parede falsa
A delação premiada do operador financeiro Adir Assad traz à tona esquema de propina envolvendo o PSDB em São Paulo. Condenado na Lava Jato, ele fornecia notas fiscais frias a empreiteiras que precisavam de dinheiro em espécie para pagar propina a políticos.
Assad contou, durante depoimentos de delação premiada, que Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto, ex-diretor de Desenvolvimento Rodoviário S/A (Dersa), possuía um imóvel na Vila Nova Conceição, bairro nobre da Zona Sul de São Paulo, com parede falsa, onde guardava malas de dinheiro recebidas de construtoras.
O montante, ainda segundo o delator, era usado para bancar campanhas políticas do PSDB.
Paulo Vieira era responsável por licitar obras viárias em São Paulo, entre 2007 e 2010, conforme O Globo. Ele teria cobrado um percentual em cima dos contratos firmados pelas empreiteiras. Somente no Rodoanel, teria embolsado R$ 5 bilhões, outros R$ 2,1 bilhões teriam sido pagos pelo Complexo Jacu-Pêssego e mais R$ 1,4 bilhão referente à Nova Marginal Tietê.
O advogado de Vieira, Daniel Bialski, nega que seu cliente guardasse dinheiro em parede falsa ou recebesse algo de Assad. "É uma invenção, uma fantasia do Adir (Assad) para criar fatos e tentar legitimar sua delação", afirmou.
As tratativas para a delação de Assad envolveram o MPF em Curitiba, Rio de Janeiro e São Paulo, já que ele tinha informações que interessam às investigações nos três Estados. Não há previsão de homologação.

Congresso gasta quase meio milhão de reais com cafezinho no 1º semestre


 Congresso gasta quase meio milhão de reais com cafezinho no 1º semestre

O Congresso gastou R$ 460,2 mil com café, nos seis primeiros meses deste ano. O consumo de servidores e dos 513 deputados da Câmara somou nada menos que 26 toneladas de café, ou 260.000 litros, entre janeiro e junho. O volume daria para encher 13 piscinas de 20 mil litros.
O levantamento, feito pelo jornalista Pablo Fernandez, da BandNews FM, mostra que a média de consumo de café da Câmara foi de 145 quilos por dia. Já o gasto somou quase R$ 286 mil aos cofres públicos no primeiro semestre. Diferentemente do Senado, a Câmara não individualiza o consumo de pó.
No Senado Federal, o montante gasto com café no primeiro semestre deste ano soma R$ 174,1 mil, o que equivale a quase 27 mil pacotes de 500 gramas cada. Só nos gabinetes dos senadores, foram quase quatro toneladas, ou 37.300 litros no mesmo período. O total gasto foi de R$ 48.337,00, o equivalente a 7.468 pacotes de 500 g.
O campeão de consumo foi o senador Valdir Raupp (PMDB-RO), réu na Lava Jato, com 154 pacotes de 500 gramas - ou 77 kg -, nos primeiros seis meses de 2017.
Na sequência, aparecem José Agripino (DEM-RN) com 151 pacotes, José Medeiros (PSD-MT), com 147 pacotes, Vicentinho Alves (PR-TO), com 138 pacotes, e João Alberto (PMDB-MA), com 133 pacotes.
O presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE) ocupa a 10ª posição, à frente do já denunciado no caso JBS, Aécio Neves(PSDB-MG).
Chá
Ainda no primeiro semestre, deputados e funcionários da Câmara consumiram 1.800 caixas de chá - média de 210  xícaras para cada um, ao custo de R$ 16.500,00. 

Bolsonaro vai aos EUA 'vender' candidatura


Bolsonaro vai aos EUA 'vender' candidatura

O deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) prepara um roteiro de debates, audiências e palestras nos EUA em outubro para "vender" sua possível candidatura a presidente a investidores, analistas e eleitores brasileiros radicados no país.
A viagem, a princípio de 8 a 14 de outubro, originou-se de uma mesa-redonda para a qual Bolsonaro foi convidado, no centro de pesquisas do filósofo brasileiro Olavo de Carvalho em Nova York, o The Inter-American Institute.
Debaterão também o pesquisador Jeffrey Nyquist e uma jornalista da rede de TV conservadora Fox News.
O brasileiro-americano Gerald Brant, que trabalha em uma consultoria em Nova York e é ligado ao instituto, está incumbido de viabilizar um encontro de Bolsonaro com investidores.
"Eles querem conhecer o presidenciável brasileiro com grandes chances de ganhar no ano que vem", disse seu filho Flavio Bolsonaro (PSC-RJ), deputado estadual no Rio. "Querem saber onde põem o seu dinheiro."
Brant mantém amizade há anos com Flavio, que o procurou para marcar a reunião, ainda não confirmada.A família tenta também agendar encontros com políticos do Partido Republicano.
'BRAZUCAS'
A passagem de uma semana do potencial presidenciável terá também paradas em Miami e Boston.Na cidade da Flórida, a produtora de eventos brasileira Karol Eller organiza uma palestra na região de Deerfield, aberta ao público.
Em Boston, segundo Flavio Bolsonaro, o deputado terá um encontro com o prefeito da cidade, Marty Walsh, do Partido Democrata, além de conversas com a comunidade brasileira local.
Segundo estimativas do Itamaraty, Boston (350 mil), Nova York (285 mil) e Miami (250 mil) têm as maiores concentrações de brasileiros nos Estados Unidos.
Comunidades brasileiras no exterior podem votar em representações diplomáticas.
"Queremos passar a mensagem de que, caso ele seja eleito, fará tudo para melhorar a questão da violência e do desemprego, que são muito fortes [para a comunidade], para terem vontade de voltar a morar perto de suas famílias no Brasil", afirmou Flavio Bolsonaro.
Seu irmão Eduardo o ajuda na logística. Bolsonaro pai esteve uma única vez nos Estados Unidos, anos atrás, para ir à Disney e não fala inglês.
Os filhos dizem que arcarão com as próprias despesas, e o pai deve viajar a convite do The Inter-American Institute, segundo Flavio.
Referência do conservadorismo no Brasil, Olavo de Carvalho já flertou publicamente com Bolsonaro. O deputado disse que o pensador é uma de suas inspirações intelectuais e ouviu que o filósofo aceitaria ser seu "conselheiro particular" em eventual gestão Bolsonaro.
A pauta do debate no Inter-American Institute é a relação entre Brasil e Estados Unidos e o Foro de São Paulo, organização de esquerda da América Latina fundada inclusive pelo PT que é frequentemente alçada a vilã nos discursos do deputado.
O terceiro debatedor, Jeffrey Nyquist, é pesquisador no instituto do que ele chama de "cultura de negação" ocidental aos riscos oferecidos por armas de destruição em massa.

Silval: senador tentou impedir delação com apoio de ministro de Temer


Silval: senador tentou impedir delação com apoio de ministro de Temer

Em delação premiada, o ex-governador do Mato Grosso Silval Barbosa (PMDB) contou que o senador Cidinho Santos (PR-MT), que assumiu a vaga no lugar de Blairo Maggi, atual ministro da Agricultura, prometeu ajudá-lo em troca do seu silêncio.
De acordo com Silval - que também entregou ao Ministério Público Federal (MPF) um vídeo em que o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (PMDB), aparece recebendo dinheiro "vivo" -, afirmou que Cidinho disse, ainda, contar com o apoio do próprio Maggi, do atual governador do estado, Pedro Taques (PSDB), e do também senador Wellington Fagundes (PR-MT).
Apesar da tentativa de barrar a delação, Silval fechou o acordo, que foi homologado pela Justiça e, agora, veio à tona.
A proposta, conforme informações do portal G1, teria sido feita durante uma visita, no dia 27 de abril último, ao ex-governador do Mato Grosso, no Centro de Custódia de Cuiabá (CCC), onde ele estava preso, suspeito de fraude na concessão de incentivos fiscais a empresas em troca de propina.
Na conversa, ainda segundo o delator, Cidinho disse que o grupo também estaria tentando anular, no Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), a Operação Ararath, que investiga crimes de corrupção e lavagem de dinheiro no governo do Estado
Cidinho confirmou ter visitado Silval, mas negou ter tentado impedi-lo de delatar. "Não sou garoto de recado, não recebi orientação e não fui a mando de ninguém", declarou.
Maggi disse que nunca agiu ou autorizou a agirem de forma ilícita dentro do governo para obstruir a Justiça. Já Taques afirmou que ainda não tem conhecimento sobre o teor da delação de Silval, que os dois são adversários políticos e que aguarda ter acesso à delação para se manifestar. O senador Wellington Fagundes nega que tenha participado de qualquer esquema ilícito.

Deputados seguirão análise da reforma política em meio a divergências


Deputados seguirão análise da reforma política em meio a divergências

A discussão sobre as mudanças no sistema eleitoral demonstrou, ao longo da última semana, as divergências entre os deputados. A primeira parte da reforma política (PEC 77/03) altera a Constituição para, entre outros pontos, mudar a forma de eleição de deputados e vereadores e criar um fundo público para financiar campanhas.
Diante dos embates em Plenário na última quarta-feira (23), o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, decidiu adiar a votação para a próxima terça-feira (29), dando mais tempo para negociações. “Se não tiver um bom diálogo até terça-feira, vai ser difícil aprovar alguma coisa”, disse.
O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que as campanhas não podem mais receber doações de empresas. Por isso, parte dos deputados defende a destinação de recursos do orçamento para cobrir os custos.
“Acho que dá para aprovar o fundo público porque é uma necessidade para o financiamento da democracia. Em muitas cidades, nas últimas eleições, ocorreu financiamento por meio do crime organizado, da agiotagem, do caixa dois”, disse líder do PT, deputado Carlos Zarattini (SP). “Os parlamentares vão ter que encontrar fontes de financiamento da própria política, que não retirem recursos da educação, da saúde, da segurança pública e dos investimentos”, declarou.
Vice-líder do DEM, o deputado Pauderney Avelino (AM) discorda da criação do fundo público. “Podemos discutir dentro do âmbito do orçamento e, eventualmente, acrescentarmos algo mais ao Fundo Partidário, que já existe com R$ 800 milhões”, afirmou.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, avaliou na quinta-feira (24) que o fundo para financiar as campanhas pode não ser aprovado por falta de acordo entre os partidos. Para Maia, é provável que a campanha eleitoral de 2018 seja realizada apenas com o atual Fundo Partidário.
Coligações
As divergências são menores quando se trata do fim das coligações já a partir das eleições de 2018. Esse item consta de outra proposta da reforma política (PEC 282/16), que também está pronta para ser votada no Plenário.
O texto exige um mínimo de votos e candidatos eleitos que cada partido deverá alcançar para conseguir ter acesso ao dinheiro do Fundo Partidário e ao tempo de propaganda gratuita em rádio e TV – a chamada cláusula de desempenho.
Na prática, essa cláusula pode frear a criação de partidos. “O Brasil hoje tem 36 partidos na ativa e quase 50 no TSE [Tribunal Superior Eleitoral]. Se deixar do jeito que está, daqui a pouco teremos 80 legendas na Câmara, cada deputado vai virar um partido”, disse o líder do PDT, deputado Weverton Rocha (MA). “É necessário que a gente dê o mínimo de condição para enxugar isso”, afirmou. Com informações da Agência Câmara.

Janot faz defesa sobre pedido de suspeição para atuar contra Temer


Janot faz defesa sobre pedido de suspeição para atuar contra Temer

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, enviou hoje (25) ao Supremo Tribunal Federal (STF) resposta ao pedido de suspeição feito pela defesa do presidente Michel Temer para atuar em investigação relacionada ao presidente que está em tramitação na Corte. No documento, Janot diz que as acusações dos advogados são “meras conjecturas”.
Na resposta, o procurador também afirmou que atua com imparcialidade no caso que envolve Temer. “A arguição de suspeição somente procede quando robusta prova a demonstra insofismavelmente. Não merece acolhida quando expressa por meio de meras conjecturas destituídas de elementos idôneos de convicção. Sem dúvida, o caso em exame se enquadra nesta última hipótese”, argumenta Janot
No início do mês, o advogado Antonio Mariz, representante de Temer, acusou Rodrigo Janot de parcialidade nas investigações. “Se ao contrário, assumir de pronto que o suspeito é culpado, sem uma convicção da sua responsabilidade, vai atuar no curso das investigações e do processo com o objetivo de obter elementos que confirmem o seu posicionamento prematuro”, diz Mariz.
Na ação, a defesa de Temer também cita uma palestra na qual Janot disse que "enquanto houver bambu, lá vai flecha", fazendo referência ao processo de investigação contra o presidente.  “Parece pouco interessar ao procurador se o alvo a ser atingido, além da pessoa física de Michel Temer, é a instituição Presidência da República; as instituições republicanas; a sociedade brasileira ou a nação”, diz o defensor.
Com a chegada ao Supremo da manifestação de Janot, caberá ao ministro Edson Fachin decidir sobre a suspeição do procurador. Com informações da Agência Brasil. 

Janot denuncia Renan, Jucá e mais 7 por corrupção na Transpetro


Janot denuncia Renan, Jucá e mais 7 por corrupção na Transpetro

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, denunciou os senadores Renan Calheiros (PMDB-AL), Romero Jucá (PMDB-RR), Garibaldi Alves (PMDB-RN), Valdir Raupp (PMDB-RO) e o ex-presidente José Sarney, também do PMDB.
Os delatores Sérgio Machado, ex-presidente da Transpetro, e Fernando Reis, da Odebrecht, além de Luiz Fernando Nave Maramaldo e Nelson Cortonesi Maramaldo, da NM Engenharia, também foram denunciados.
Eles são acusados pelos crimes de corrupção passiva, corrupção ativa e lavagem de dinheiro. O esquema teria desviado recursos em contratos da Transpetro, a subsidiária da Petrobras, entre 2008 e 2012.
De acordo com a denúncia, os parlamentares teriam recebido dinheiro do presidente da Transpetro por meio de doações oficiais aos diretórios municipais e estaduais do PMDB.
O dinheiro foi repassado a alguns diretórios, segundo a PGR: em 2008, receberam recursos os diretórios estaduais de Rio Grande do Norte, Roraima, Maranhão e Amapá, além do diretório municipal de Aracaju; em 2010 foram beneficiados o diretório estadual do Tocantins e o comitê financeiro único do PSDB em Alagoas em 2010; além do diretório nacional do PMDB (para financiar Gabriel Chalita), em 2012.
"Em contrapartida a esses pagamentos, Sérgio Machado praticou atos de ofício para promover, autorizar e direcionar as licitações e contratações da Transpetro em favor da NM Engenharia", informa a PGR.
Parte dos valores foi destinada a aliados de José Sarney por meio de operações fracionadas. Outra parte foi paga em espécie.
ODEBRECHT
De acordo com a PGR, o esquema foi reproduzido na Odebrecht Ambiental, liderada por Fernando Reis. Renan e Raupp pediram propina por meio de doação oficial ao diretório nacional do partido.
A PGR afirma ainda que Raupp procurou Sérgio Machado a pedido do presidente Michel Temer para financiar a campanha de Gabriel Chalita em 2012, mas que o fato não foi investigado porque os fatos aconteceram antes de ele ocupar a Presidência.
"Em 2012, Raupp procurou Sérgio Machado para ajudar financeiramente a campanha da Gabriel Chalita para prefeito de São Paulo, a pedido de Michel Temer. Por se tratar de fatos estranhos ao mandato de presidente da República, existe vedação constitucional para promover investigação relativa aos fatos narrados sobre ele", informa a PGR.
Agora, caberá ao ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no STF (Supremo Tribunal Federal), ouvir as defesas e elaborar um relatório.
Ele então vai marcar uma data para que a denúncia seja analisada pela segunda turma do tribunal, composta também pelos colegas Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski, Dias Toffoli e Celso de Mello.
Janot deixa o cargo em 17 de setembro. Até lá, ele deve oferecer diversas denúncias nos inquéritos abertos no Supremo a seu pedido. Com informações da Folhapress.

Janot afirma que há acusações de delator contra Temer


Janot afirma que há acusações de delator contra Temer

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirmou que empresa Barro Novo Empreendimentos repassou R$ 1 milhão em propina para a campanha do candidato do PMDB à prefeitura de São Paulo em 2012, Gabriel Chalita. As informações foram obtidas através das investigasções da Operação Lava Jato e comprovam a acusação de que os valores foram pagos a partir de um pedido do presidente Michel Temer ao ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado.
De acordo com a reportagem do jornal O Globo, a denúncia apresentada por Janot nesta sexta-feira (25) apresenta a suposta transação entre Temer, Sérgio Machado e a Barro Novo, empresa ligada a Odebrecht. Janot denunciou o ex-presidente José Sarney (PMDB-AP) e os senadores do PMDB Renan Calheiros (AL), Romero Juca (RR) e Valdir Raupp (RO), entre outros.
Michel Temer não está entre os denunciados porque é protegido pelo mandato presidencial. O artigo 86 da Constituição determina que o presidente da República não pode ser investigado por fatos anteriores ao mandato. O impedimento legal fez com que as informações relacionadas a Temer tenham sido deixadas à parte para serem retomadas em uma nova investigação quando o presidente deixar o cargo.
"Relativamente à suposta participação do presidente Michel Temer nos fatos envolvendo o pagamento de vantagem indevida pela empresa do grupo Odebrecht , a cláusula constitucional de imunidade do art. 86, § 4P, impede a adoção de providências a respeito. Já a possível ausência de outras pessoas ou fatos na denúncia não implica arquivamento implícito ou indireto", explica Janot.
Temer e os demais colegas de partidos citados pelo procurador-geral são suspeitos desviar dinheiro da Transpetro, subsidiária da Petrobras, com base na intermediação de Sérgio Machado.
O secretário de Comunicação do Planalto, Márcio Freitas, informou que Temer não faria comentários sobre o conteúdo denúncia.