terça-feira, 29 de novembro de 2016

Moro barra 21 perguntas de Cunha para presidente

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O ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) teve 21 perguntas indeferidas, de um total de 41, ao presidente Michel Temer (PMDB), na ação que responde na Lava Jato.
O presidente da República foi elencado como testemunha de defesa de Cunha. Ele responderá aos questionamentos por escrito, em função do seu cargo.
Parte das questões consideradas "impertinentes" pelo juiz Sergio Moro poderia causar embaraço político ao presidente.
Cunha pergunta, por exemplo, se Temer recebeu Jorge Zelada, ex-diretor da Petrobras envolvido em corrupção, em sua residência, em São Paulo. Em outra questão, pergunta qual é a relação do presidente "com o sr. José Yunes", um dos melhores amigos de Temer, e se ele "recebeu alguma contribuição de campanha" para alguma eleição. Em caso positivo, continua a defesa, "as contribuições foram realizadas de forma oficial ou não declarada?".
Para Moro, parte das perguntas era inapropriada ou não dizia respeito à ação. O juiz afirmou em seu despacho que as perguntas mereciam "censura", já que "não há qualquer notícia do envolvimento do Exmo. Sr. Presidente da República nos crimes que constituem objeto desta ação penal".
Disse também que denúncias envolvendo Temer devem ser investigadas no STF (Supremo Tribunal Federal), e não em Curitiba, já que o presidente tem foro privilegiado.
Uma eventual menção a suspeitas contra Temer obrigaria o envio de parte dos autos ao STF, o que poderia paralisar o processo.
O presidente terá cinco dias para responder às questões autorizadas. 

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