sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

Maia atua para rachar Centrão

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O Palácio do Planalto e o PSDB divergem sobre a estratégia de campanha adotada pelo deputado federal Rodrigo Maia (DEM-RJ), que reluta em lançar sua candidatura à reeleição como presidente da Câmara dos Deputados.
Enquanto adversários e tucanos pressionam o parlamentar para que oficialize que está na disputa, o governo federal prefere que ele deixe o anúncio para o fim de janeiro.
Principal patrocinador da reeleição de Maia, o Planalto entende que a iniciativa não pesaria na atração de apoios partidários e o colocaria em evidência de forma desnecessária, aumentando a munição dos rivais contra ele.
Oficialmente, Temer tem afirmado que não se envolverá no processo de escolha, mas, nos bastidores, o governo federal tem articulado a desistência de candidatos adversários e o apoio de siglas à reeleição. Até agora, por exemplo, conseguiu convencer o PSDB e o PMDB a apoiarem Maia e iniciou ofensiva sobre o PP e o PTB.
Nas palavras de um aliado presidencial, a candidatura de Maia já tem sido divulgada à exaustão pelos veículos de comunicação, não havendo necessidade, portanto, de um lançamento oficial. No final desta semana, Maia vai ao Recife e a Natal conversar com possíveis apoios.
Para um auxiliar do presidente, ao "rasgar a fantasia antes da hora", Maia corre o risco de judicializar ainda mais a disputa parlamentar e aumentar a indisposição com o chamado centrão, formado por partidos como PSD, PTB, PP e PR.
Há um temor de que, se Maia admitir que é candidato, seja criado um fato concreto para que seus rivais cobrem do Supremo Tribunal Federal um posicionamento sobre o caso antes de fevereiro.
A Constituição Federal e o regimento da Câmara dos Deputados vedam que o presidente dispute a reeleição em uma mesma legislatura. Maia entende que, como foi eleito para um mandato tampão após a cassação de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), a regra não se aplica a ele. 

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