segunda-feira, 4 de setembro de 2017

Temer vê Janot mais fraco, mas avalia que 2ª denúncia será inevitável


Temer vê Janot mais fraco, mas avalia que 2ª denúncia será inevitável

O presidente Michel Temer viu enfraquecimento político do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ao ameaçar o cancelamento da delação premiada da JBS, mas avalia que as investidas contra ele seguem e que a segunda denúncia deve ser apresentada em breve.O presidente soube da decisão de Janot de investigar indícios de omissão de informações sobre práticas de crimes no acordo da JBS por telefone, quando um de seus assessores o acionou na China, onde o peemedebista está em viagem para participar da cúpula dos Brics.
Segundo auxiliares, Temer reforçou a tese de que a delação dos executivos da JBS é "mentirosa" e de que havia "omissão" de informações nos depoimentos prestados pelos irmãos Joesley e Wesley Batista.
A assessores, o presidente disse que "a verdade vai prevalecer", mas não avaliou que é inevitável que Janot apresente a segunda denúncia contra ele, desta vez por obstrução de Justiça e formação de quadrilha, antes que o procurador-geral deixe o cargo, em 17 de setembro.O Palácio do Planalto avalia que a repercussão da decisão de Janot será "ótima" para o governo e terá reflexo político entre os parlamentares que precisarão votar o prosseguimento da segunda denúncia contra o presidente.
Na opinião de ministros e assessores de Temer, Janot perdeu força e mostrou que a delação da JBS é frágil. Nesse sentido, a apresentação da segunda denúncia seria "incoerente" e "açodada", visto que estaria baseada em um acordo questionável.
MARIZ
Temer afirmou a assessores que ainda falaria com o seu advogado, Antônio Cláudio Mariz, para discutir a estratégia jurídica a partir de agora.
O presidente disse que é preciso saber mais sobre os fatos que estão nos áudios, classificados como "gravíssimos" por Janot, para que se tenha um diagnóstico mais preciso. Com informações da Folhapress.

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