No habeas corpus, o desembargador determinou que Cabral retorne para Bangu "sem prejuízo de que as autoridades Judiciárias, do Ministério Público e da SEAP prossigam na apuração das infrações eventualmente ocorridas durante as visitações pretéritas, bem como o prosseguimento no controle da manutenção da disciplina interna, com a aplicação das proporcionais sanções disciplinares cabíveis, na forma da LEP [Lei de Execução Penal], que é o estatuto também aplicável ao preso provisório, no que couber".
Irregularidades em visitas motivaram transferência para Curitiba
Na semana passada, o juiz federal Marcelo Brêtas determinou a transferência do ex-governador para Curitiba depois que o promotor André Guilherme Freitas, das Promotorias de Justiça de Execução Penal do RJ, do Ministério Público estadual, denunciou que Cabral estava recebendo visitas de autoridades, parlamentares, amigos e familiares sem que eles estivessem cadastrados na Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (Seap).
Diversos políticos já haviam visitado o ex-governador, como o presidente da Assembleia Legislativa do estado do Rio de Janeiro, Jorge Picciani (PMDB), do deputado estadual Paulo Melo (PMDB), da deputada Cidinha Campos (PDT) e do deputado federal Washington Reis (PMDB), além do secretário estadual de Administração Penitenciária, Erir Costa Filho.
Em seu ofício, o promotor informa que as visitas ao ex-governador estavam ocorrendo de forma "irregular e ilegal". "O referido réu está recebendo visitas de familiares e pessoas amigas em desconformidade com resolução que limita a um único credenciamento", informa o documento.
Sérgio Cabral está preso desde o dia 17 de novembro, na Operação Calicute. O ex-governador e a ex-primeira dama foram presos preventivamente por ordem da primeira instância, onde tramita processo penal que apura os fatos ligados à operação conduzida pela Polícia Federal.
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